quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Na agência do Itaú Barra do Piraí e o Chico cantando “Chame o ladrão! Chame o ladrão!”


Hoje eu acordei bem disposto, tranquilão, como se diz no popular. Bebi o café da manhã e desci para meu escritório para dar prosseguimento às mudanças que estou fazendo no JBP – O Tasquim. Estou trabalhando num novo visual para o semanário e também fazendo contato com novos colaboradores e articuladores para dar prosseguimento ao projeto de fazer valer a verdade na imprensa nanica do Sul Fluminense.
Liguei o computador e fiz meus comentários diários no Facebook, até que, ao abrir o e-mail eu fui surpreendido com uma mensagem de bloqueio, que me levou até a central do assinante Terra, onde existia a informação de não pagamento da fatura no valor de R$ 51,47, datada em 10/10/2012. Chamei minha esposa Edimara, que é quem cuida de assuntos administrativos do jornal e de nossa casa.
"Você deixou de pagar o site Terra?", perguntei.
Edimara, imediatamente, respondeu que não e foi buscar as faturas pagas por ela na agência do Banco Itaú de Barra do Piraí no dia 4 de outubro.
Com as faturas nas mãos o susto foi ainda maior, nenhuma delas tinha sido autenticada nos locais indicados nas próprias faturas.
"Se você pagou as faturas onde estão as autenticações?", perguntei novamente para Edimara, que assustada foi procurar os comprovantes.
Poucos minutos depois ela retornou com aqueles papéis amarelados semelhantes aos extratos extraídos das máquinas, que de nada servem, pois, em pouquíssimo tempo eles desbotam e apagam toda a movimentação financeira neles registradas.
Indignado e me lembrando dos estelionatários que te emprestam uma caneta com cartuchos de tintas removíveis, e, enquanto ouvia Chico Buarque cantando “Chame o ladrão! Chame o ladrão!”, eu passei a telefonar para o gerente Cristiano, responsável as contas jurídicas da agência do Itaú Barra do Piraí
Cinco ligações depois e sem quaisquer resultados ou atendimentos, eu respirei fundo e pensei: é, vou ter que ir ao Itaú pela terceira vez desde 2003.
E assim eu saí de casa, mas, não sem antes pegar minha máquina fotográfica, até porque o Chico Buarque continuava cantando “Chame o ladrão! Chame o ladrão!”.
Cheguei ao local para atendimento de pessoas jurídicas exatamente às 13h25min, e como não tinha ninguém nas mesas dos gerentes Cristiano e Natanael, e também não tinha qualquer informação aos clientes sobre o porquê do abandono às moscas, eu tirei o meu relógio do pulso e o coloquei sobre a cadeira do cliente para registrar aquele momento.

E foram chegando mais pessoas e eu fui informando que só Deus sabia quando seríamos atendidos.
O tempo foi passando e o meu relógio continuou registrando as horas de espera através da lente da máquina fotográfica.
13h55min, tic tac, tic tac...

14h10min, tic tac, tic tac...

Até, que, às 14h20min, finalmente chegou o gerente Natanael.
“Quem é o primeiro? Pode se sentar que minha hora é 13h30min, mas, eu vou começar atendendo alguns minutos antes”, informou, como se estivesse fazendo um enorme favor aos que ali estavam aguardando.
Eu me sentei e educadamente entreguei as faturas sem autenticações ao gerente, perguntando, como eu conseguiria comprovar os pagamentos das mesmas? Natanael, procurando também pelas autenticações, quis saber: “O senhor pagou como, no débito em conta?”. Não, jovem Natanael, minha esposa pagou na boca do caixa e para minha surpresa a comprovação que ela recebeu foi essa fita amarelada, que além de não servir para nada, desbota e perde todas as informações nelas contidas. Com os olhinhos arregalados o jovem gerente me pediu um tempo porque ele iria consultar a gerente geral da agência. Aproveitando esse tempo, coloquei novamente meu relógio sobre a mesa do gerente e registrei que aquele atendimento estava acontecendo às 14h25min tic tac, tic tac...

De volta o gerente Natanael respirando aliviado informou: “consultei a gerente e o pagamento está registrado. A culpa é do Terra!”, encheu a boca para empurrar a responsabilidade para frente. Muito bom, Natanael, minha esposa está em casa fazendo contato telefônico com o site Terra, até porque a conta que vencia no dia 10 foi paga no dia 4. Agora, me dá mais uma explicação: o banco Itaú devolveu um cheque de minha empresa no valor de R$ 1,3 mil no dia 3 de outubro. Quando ele foi depositado na conta do favorecido? “Foi durante o expediente do dia anterior”, respondeu o jovem gerente. Mas, me explica só mais uma coisinha. Se no dia 02 de outubro eu possuía saldo para quitar o cheque, como eu poderia saber que o Banco Itaú iria descontar R$ 99 em taxas bancárias deixando minha conta sem saldo, já que o cheque foi devolvido por causa de R$ 8,41? “Os clientes do banco sabem que existem tarifas para serem pagas”, encerrou o gerente, ouvindo de mim, que o Cristiano tinha sido avisado na segunda vez que fui ao banco em uma década, que eu não aceitaria mais palhaçadas comigo e que dessa vez ele com certeza aprenderia a tratar seus clientes com mais respeito, até porque, jovem gerente, dá uma conferida no meu histórico dentro da agência e verá que uma coisa que eu sempre fiz foi fazer questão de pagar meus débitos com a instituição, incluindo aqueles que me remetem a música de Chico Buarque: “Chame o ladrão! Chame o ladrão!

Com respeito ao banco Itaú eu ainda não sei quais atitudes serão tomadas. Primeiro eu preciso ouvir o meu advogado, até porque eu não gosto de perder meu tempo para chegar a resultados como R$ 500 de indenização, que parece ser uma espécie de tabela adotada pelo Judiciário para avaliar a moral dos clientes de um banco.
Quanto aos gerentes, o que tenho a dizer, é que eu tenho contas em bancos desde 1978, e já tive inúmeros problemas com os mesmos, pois são todos iguais. A questão é que um gerente antigo, que foi implacável comigo, levou um pé na bunda da instituição e duas décadas depois veio me contar seus lamentos, confessando, que na época tinha agido errado comigo.
Pensem muito nisso.

As contas sem autenticação são referentes aos pagamentos do site Terra, Oi, , Light, Vivo e Claro